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Editorial

Editorial Maio 2011


EFT – Em busca de soluções mais rápidas para nossas dores!

Por: Silvana Prado

Emotional Freedom Tecnique (EFT), ou Libertação Emocional, está certamente na lista das coisas mais importantes que já aprendi.

Quando estive na clínica do Dr. Lloyde, na Europa ele me falou sobre a técnica e depois me permitiu estudá-la , eu estava incrédula. As promessas feitas pelo criador do EFT, Garry Craig eram boas demais para serem verdades.

"Você pode se livrar de uma dor crônica em uma sessão", diz ele em suas aulas. "Pode se livrar de um trauma que anos de terapia não conseguiram resolver, em poucas sessões, com poucos minutos do uso da técnica que inclui dar pequenos toques em pontos-chave de acupuntura e, simultaneamente enviar informações baseadas em técnicas da neurolinguística para que o cérebro possa fazer duas coisas: acessar o local do trauma e depois jogar novas informações no lugar das velhas."

Praticando anos e anos de meditação, e procurando ensinar às pessoas essa prática tão maravilhosa, percebia que elas não conseguiam se desligar o suficiente para se aprofundarem e abandonavam a meditação assim que melhoravam – e acabavam tendo recaídas.

Eu mesma, apesar de praticar duas vezes ao dia e usar a visualização para me ajudar a enfrentar dores e conflitos, via que o resultado deveria ser perseguido de maneira extenuante, constante, sem dar folga para o Eu, que nos ilude e nos leva ao sofrimento.

Quando o Dr. Lloyd fez a primeira sessão comigo, senti um alívio muito grande em relação ao problema que apresentei a ele. Anos de meditação não haviam me trazido tal alívio. No entanto, via-me surpresa: após vinte minutos não encontrava mais a dor e a culpa que me atormentavam por tantos anos.

No lugar uma aceitação e o perdão total até por culpas que havia inventado para justificar minha incapacidade de resolver o problema, achei que a emoção voltaria, não voltou.

Assim que voltei ao Brasil tive a chance de visitar meu sobrinho no hospital; ele havia sido operado e estava com muita dor. Na falta de algo que pudesse ajudar, falei se ele queria eu que fizesse uma das minhas mágicas. Ele de boa vontade aceitou e para minha surpresa em poucos minutos ele estava sem dor, e ainda faltava uma hora para poder tomar o analgésico.

Então ele pediu que eu fizesse de novo o tratamento, pois estava com enjoo e o médico não iria liberá-lo enquanto não conseguisse comer. Novamente o resultado foi imediato, o enjoo passou e ele comeu uns biscoitos e tomou um suco. À noite repetimos a sessão para dor e enjoo e fizemos uma para que ele dormisse bem e foi exatamente o que aconteceu.

Eu, que sou muito cética com as coisas, não pude então me negar a olhar de perto para o ocorrido e fui novamente ver os DVDs do curso e estudar mais o assunto. Comecei a praticar em mim mesma. Dor no pescoço devido a ficar muito tempo no computador. Sumiu.

Dor no joelho quando eu fazia aeróbica muito cansativa. Sumiu. Algumas lembranças do passado, tristes, deprimentes, passei a me lembrar como se fossem um filme; existe a lembrança do evento, mas a emoção negativa ligada a ele é liberada. Todos os dias eu acordo e sei que tenho duas ou três coisas que posso trabalhar comigo mesma.

O EFT é também chamado de Psicologia Energética, pois trabalha a energia ligada aos problemas e traumas. O criador do EFT, que é um engenheiro e também formado em teologia, Garry Graig, diz: – Eu vejo pessoas com anos de traumas, que a psicologia convencional não resolveu, depois de anos e anos falando e relembrando o evento o problema pode até melhorar mas nunca é superado".

Ele apresenta dois casos: o de um veterano de guerra que teve de matar um jovem que vinha em direção a ele com uma bomba na mão. A lembrança do rapaz caindo morto no chão o acompanhava há anos. Com apenas uma sessão de EFT ele pôde chegar à conclusão: – Era eu ou ele! Que obviamente era a resposta lógica, mas que seu coração nunca havia conseguido aceitar.

O outro caso era o de uma moça com severos problemas físicos que também em uma sessão sentiu que todos desapareceram. Garry acompanha seus pacientes ligando para eles por meses seguidos para saber como estão e confirma que os resultados são duradouros. Alguns problemas que já trabalhei nunca voltaram a ocorrer. Se voltam é porque não foram resolvidos em profundidade ou porque estou repetindo comportamentos que causam a dor, como é o caso de pessoas que ficam muito tempo no computador.

Outra experiência que tive foi também de uma pessoa na minha família acometida por ataques de pânico que se agravaram e acabaram desencadeando uma depressão. Eu chegava à casa dela, e a via terrivelmente mal, sentindo aquela sensação terrível de ansiedade ou de desânimo. Também bastavam poucos minutos para que ela, surpresa, se sentisse totalmente aliviada.

Durante algum tempo repetimos as sessões, pois havia muitas emoções por trás de seus sintomas. Hoje essa pessoa está muito bem e sempre me agradece por eu ter estado ao seu lado naquele momento tão difícil.

O sofrimento anda espalhado em nossas vidas, e as pessoas procuram o APOIAR, muitas delas em desespero. Então tenho procurado incentivá-las ao final das reuniões a usarem em si mesmas essa técnica tão simples.

Talvez seja tempo de experimentarmos novas terapias que possam trazer um alívio maior às pessoas sem que tenham de sofrer por tantos meses aguardando um insight, que às vezes nunca chega.

Mesmo para aquelas que não podem arcar com o custo de terapia individual, talvez o EFT seja um caminho que as ajudará a sair do grave estado em que se encontram, fazendo com que se sintam mais fortes e possam fazer escolhas diferentes que as levarão a maior plenitude e saúde.

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