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Quem Somos

Queridos amigos, estou com muitos e-mails de cadastrados perguntando sobre o trabalho do APOIAR, o que somos, como oferecemos ajuda, etc. Na falta do tempo para responder detalhadamente cada e-mail, aproveito a matéria publica pela Revista em Saúde que explicou de maneira detalhada sobre nosso trabalho. Se você quiser mais informações ligue para nós, sempre haverá alguém aqui para ajudá-la(o).

Saúde em Revista - Como surgiram suas crises de pânico?

Silvana: As crises surgiram quando eu ainda morava nos Estados Unidos, após a perda de dois filhos em dois anos. Foi uma barra, juntou o estresse máximo que uma mãe pode agüentar, mais minha incapacidade de lidar com outros problemas e a parte genética (tem mais gente em minha família com pânico) e aí a coisa estourou.

SR - O que a experiência lhe ensinou? E como iniciou-se a idéia do trabalho da Apoiar?

Silvana: Melhorei muito em pouco tempo, sem terapia nem medicamento. Eu ouvira falar que pânico não tinha cura e pensei " Bem vou ser a primeira". De maneira intuitiva fui criando meu tratamento, li sobre os benefícios do exercício e comecei a exercitar, li sobre benefícios da meditação e comecei a meditar, a respirar corretamente. Fui atrás de tudo o que era falado, mas eu tinha sido diagnosticada com depressão pela médica americana, não sabia o que tinha no início, um dia lendo uma revista vi a foto de uma mulher: no rosto refletido o pavor e pensei que aquela era eu. Li o artigo a aprendi que tinha pânico. A partir daí minhas leituras e estudos nunca pararam. Li tudo que havia nos Estados Unidos sobre pânico, fiz entrevistas com especialistas, e vi que meus passos estavam corretos. Neste ponto adicionei técnicas usadas pela Terapia Cognitivo Comportamental, ou seja, comecei a prestar atenção aos meu pensamentos, a analisar o que era verdadeiro ou não, usando pensamentos lógicos para corrigir os distorcidos. Minha melhora foi surpreendente!! Quando vim ao Brasil minha mãe havia contado a diversas pessoas sobre minhas melhoras, elas me procuravam para saber o que tinha feito para estar tão bem. Comecei ensinado alguns enquanto estava aqui 15 dias, me pediram para escrever, iniciei uma mini-news e todo mês mandava para umas 20 pessoas.
Quando retornei definitivamente ao Brasil, meu livro já estava bem conhecido, e naturalmente o APOIAR aconteceu. Era a única maneira de poder ajudar tantas pessoas. Hoje temos o site apoiar.org.br , e o jornal Mente Livre, a Oficina Terapêutica onde são ministradas aulas de artesanato, ensinamos meditação e tenho 7 voluntários maravilhosos trabalhando comigo sem os quais este trabalho não existiria.

SR - A que tipo de problemas específicos a apoiar visa atender?

Silvana: Nossos objetivos são simples: primeiro oferecer apoio. Ninguém entende o que é um ataque de pânico a não ser se tiver tido um, não somos julgados no grupo. As pessoas são aceitas e compreendidas. Mas também cobramos mudanças pois o APOIAR é para cooperar na recuperação não um grupo de lamentação. Então damos a mão e dizemos: Olha eu te ajudo a dar os primeiros passos, mas você tem de caminhar só depois. E funciona. Queremos oferecer informação aos familiares e ao público em geral. Você sabia que a razão número um para as pessoas não procurarem ajuda é o estigma?? é a vergonha de ser chamada (o) de louca (o)??? E tantos ficam sofrendo por medo. E o número de suicídios entre portadores de pânico é alto, chega a 20%. Então queremos que os familiares saibam que o problema é real, que possam aprender a ajudar na recuperação, mas também que a mídia, a população em geral tenha conhecimento do que é um transtorno mental, uma doença mental e saiba que é OK procurar ajuda. Queremos prevenir, através de palestras em escolas, para que jovens possam reconhecer o que é um ataque de pânico, o sentimento de tristeza insuportável que a depressão causa- e se estiverem com problema - que existe ajuda e que não procurem drogas ou a violência, ou até o suicídio, como maneira de lidar com o pânico, a depressão, etc.

 


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