As características importantes para uma pessoa de segurança:
1. Uma atitude de carinho e apoio.
2. Habilidade de não julgar e a vontade de encorajar o Praticante a confrontar as situações temidas.
3. Paciência e persistência.
Algumas dicas:
1. Antes de começar a sessão prática, pergunte ao Praticante, exatamente o que ele gostaria que você fizesse durante a prática. Quer que você converse bastante? Fique perto dele? Segui-lo a uma pequena distância (caminhando ou dirigindo)? Esperar do lado de fora? Segurar a mão?
2. Quem está fazendo a exposição, o Praticante, não a pessoa de segurança, é que define, sempre, os objetivos ou passos que deseja dar durante a sessão. Deixe-o dizer exatamente o que ele gostaria de tentar ou não. Não o pressione a fazer mais do que ele esteja pronto para realizar.
3. Fique conhecendo com antecedência, os sinais que evidenciam aumento da ansiedade. Encoraje o Praticante a falar quando começar a sentir-se ansioso. Não tenha medo de perguntar, de vez em quando, como ele está se sentindo. Quando ele atingir o ponto de início do pânico, é tempo para parar, sair do local e continuar depois, quando a ansiedade diminuir. (Não se esqueça o mais rápido que puder.)
4. Crie com seu parceiro uma lista de “afirmações apropriadas” ou algumas técnicas de relaxamento rápidas (respiração por exemplo) que você possa lembrá-lo na hora ou ajudá-lo a seguir durante a exposição.
5. Não permita que o estresse de seu parceiro o deixe nervoso ou confuso, mas sempre leve a sério a ansiedade dele, lembre-se: ansiedade não é necessariamente racional.
6. Seja leal e verdadeiro. Esteja onde programaram se encontrar durante a prática. Não vá para outro local, para testar o Praticante. Pode ser muito assustador chegar ao local combinado e ver que você não está esperando.
7. Não force a pessoa com fobias, ela sabe o que está acontecendo dentro de si mesma, e você não.
8. No entanto, encoraje seu parceiro a conseguir o máximo da prática. É melhor tentar e sair, do que não tentar nada. Se o Praticante parece incapacitado e sem motivação, pergunte a ele o que está impedindo o procedimento da prática. Tente descobrir, as razões da resistência fazendo perguntas.
9.Tente ver as coisas do ponto de vista do Praticante. Coisas que parecem mínimas para você – como caminhar por uma rua ou comer num restaurante pode exigir do Praticante uma grande quantidade de coragem e esforço, mesmo que a exposição seja por pouco tempo.
10. Pessoas com medo, geralmente são muito sensitivas e precisam de elogios para cada passo que dão. Sempre elogie e reconheça os progressos.
11. Aceite os dias ruins do Praticante, não tem jeito de ter um dia perfeito toda vez. Lembre-o de que recaídas e andadas para trás fazem parte do processo de recuperação.
12. Tenha certeza que assumirá o compromisso de ajudar a pessoa com regularidade. Veja quantas horas estará disponível por semana e por quantas semanas. Se não for possível acompanhar a pessoa durante o processo inteiro deixe que ela fique sabendo.
13. Apesar do seu desejo de ajudar, a pessoa com fobia tem a responsabilidade pela própria recuperação. Dê apoio e encorajamento, mas não pense que pode fazer o trabalho que é dela, isto acabará com a autoconfiança do Praticante.
14. Conheça seus limites. Perdoe a si mesmo quando perceber suas falhas. Se sua capacidade de dar apoio chegar ao limite, dê um tempo.
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