Muitas pessoas perguntam qual é a melhor maneira de ajudar uma pessoa querida quando tendo crises de pânico ou durante períodos de depressão. Uma coisa que, definitivamente NÃO ajuda é raiva! Culpar o portador de falta de vontade, frescura, preguiça, falta de fé em Deus e aí por diante. Interessante que se alguém tem problemas de hipoglicemia ninguém fala que é frescura, falta de vontade, aceitam que é necessário tratamento, mas se o problema não é visível, então não existe.
Muitas pessoas sofrem muito com este problema e acaba se tornando um dos martírios em sua vida. Veja abaixo sugestões que conseguimos no grupo, com alguns especialistas e em livros:
Quanto mais sério o problema mais a família pode ajudar na recuperação a participação no tratamento ajudará os familiares a entender a doença e diminuir o estresse causado pelas dificuldades provocadas. Então o primeiro passo seria que o familiar procurar e se informar sobre a doença através de literatura, conversas com médicos ou grupos de apoio.
Ainda que a responsabilidade principal pela recuperação recaia sobre o paciente a família com treinamento pode, durante situações que produzem ansiedade oferecer ajuda como, por exemplo, lembrar como respirar corretamente.
Em alguns casos a família terá de fazer algumas mudanças na sua rotina enquanto a recuperação acontece. Os familiares devem:
1) Reconhecer e elogiar pequenas conquistas ou passos.
2) Modificar as expectativas durante períodos de estresse
3) Medir o progresso com base no individuo e não comparar com a visão de livros ou outras pessoas com os mesmo sintomas.
4) Ser flexível e tentar manter uma rotina normal. Algumas famílias tentam manter a rotina normal, ainda que ofereçam apoio e entendimento continuam a cumprir suas obrigações e participar de eventos sociais ainda que o paciente não possa/consiga acompanhar. Em entrevista com Dr. Manuel Tancer no Prisioneiro do Medo recebemos a seguinte resposta sobre o assunto:
APOIOAR - Como a família pode ajudar as pessoas com problemas mentais?
TANCER- Penso que as famílias representam um grande papel. A família tem de ser duas coisas: firme e dar suporte. Encorajar a pessoa a sair e fazer coisas e esperar a pessoa fazer estas coisas. Mas se a família é do tipo que diz: você está doente, pode deixar vamos tomar conta de você. Isto irá, na verdade, encorajar a pessoa a ficar doente. A família pode dizer: Se você quer ficar em casa tudo bem, mas nós vamos ao cinema. Ela não pode ficar rodando em volta da pessoa com pânico. Dr. Manuel Tancer, para o Prisioneiro do Medo.
Outra forma de ajudar é lembrar a pessoa de seu passo semanal, por exemplo, no Apoiar de Franca o segundo passo é caminhar (fazer exercícios). Para uma pessoa com pânico ou fobia social às vezes é muito difícil caminhar só então o esposo(a) se disponibilizará a fazer companhia ou mesmo lembrar como é importante para a recuperação. Outro exemplo, pessoas com comportamento obsessivo que tendem a se preocupar com germes e limpeza a família não deverá acompanhar os rituais em concordando em deixar a casa extra limpa, de acordo com últimos estudos o melhor seria a implementação de contratos de comportamentos onde a pessoa deverá eliminar por algumas horas a compulsão.
Nunca usar termos que rebaixem como, por exemplo, panicoso, frescura, doido etc…
Durante os ataques de pânico, ajudar a pessoa a respirar corretamente.
Não ficar andando desesperadamente enquanto a pessoa passa mal isso dará a impressão de que algo está realmente errado. Converse com calma lembrando as técnicas de distração usadas. |