Qualquer coisa em que você acredite ser realidade se torna realidade independente desta crença estar baseada em fatos reais ou não. Uma vez que você adote uma crença, começa a processar informações baseadas nela. (Tenho medo de ondas, então não entro no mar porque posso me afogar).
As experiências que vivenciamos, e nas quais construímos nossa estrutura de vida, nada mais é do que nossa predisposição na maneira de pensar. Herdamos isto de nossos pais, avós, desde o dia em que nascemos, ou antes, disto.
Desde o dia em que nascemos a corrente nos toma. Desenvolvemos crenças sobre dor, saúde, sucesso, fracasso; criamos medos infundados, e alguns de nós desenvolvemos fobias que serão carregadas por toda a vida.
No campo da saúde, grandes progressos foram realizados, mostrando que nosso sistema de acreditar, em grande escala, é responsável por nossas doenças ou bem estar.
No New York Times Magazine em artigo datado de 17 de abril de 1988, Blair Justice escreveu: Até recentemente a ciência ofereceu pouca explicação para as alegações de que as pessoas usam os pensamentos (crenças) e atitudes para regular o que era visto anteriormente como reações involuntárias às pressões, como por exemplo o controle do ritmo cardíaco." Este processo pode funcionar de maneira positiva ou negativa. Se você tem um elevado senso de auto-estima suas crenças serão positivas, se tem pouca estima, suas crenças serão negativas. E porque "vemos as coisas de acordo com o que somos" pessoas com baixa auto-estima, geralmente criam seus medos e fobias. Por exemplo: "sou uma pessoa feia e desagradável, ninguém gosta de mim, ficarei para sempre só."
Portanto, como quebramos estes ciclos negativos?
O primeiro passo é assumir o compromisso de destruí-los, e uma vez comprometido, o objetivo pode ser alcançado de várias maneiras:
1) Através de Dissonância Cognitiva;
2) Através de visualização;
3) Através da construção de nossa auto-estima; e
4) Através de Terapia de Vidas Passadas
1) De acordo com a Enciclopédia Gale de Psicologia, Dissonância Cognitiva (DC) (Cognitive Dissonance) é um conceito importante no estudo do relacionamento entre atitudes e comportamentos. "Proposta pela primeira vez por Leon Festinger em 1957, a teoria da dissonância cognitiva é baseada no princípio de que as pessoas preferem que suas crenças ou cognições sejam consistentes entre si (ou seja, o que você pensa combina com seu comportamento). Dissonância ocorre quando pessoas são expostas a novas informações que ameaçam mudar as estruturas de crenças. Várias situações grupais também geram, a pessoa precisa decidir entre duas situações ou a pessoa tem duas escolhas e precisa decidir entre elas.
CD. Ocorre por exemplo, quando uma pessoa precisa abandonar uma crença antiga e adotar outra nova para poder juntar-se a um grupo, quando os membros discordam um do outro ou quando o grupo tem sua crença principal ameaçada por um evento exterior ou nova informação."
Por exemplo: Maria quer juntar-se a um grupo de discussões que se encontra semanalmente em um prédio no 21º andar. Ela tem medo de altura, mas está determinada a juntar-se ao grupo e, portanto, precisa mudar o sistema de acreditar para participar da reunião. Se alguém der a ela 50 reais cada vez que participar de uma reunião, ela não terá de mudar suas crenças demais, pois dirá que está indo às reuniões não porque está mudando suas idéias, mas pelo dinheiro. No entanto, se ela recebe só um real cada vez que participar terá de mudar o sistema de acreditar dramaticamente porque a remuneração é pequena.
A Enciclopédia Gale também diz: Inconsistência ou dissonância, entre idéias num mesmo individuo fazem com que as pessoas sintam-se desconfortáveis o bastante para mudar os pensamentos ou crenças para que elas possam estar em concordância. Por exemplo, quem fuma lida diariamente com dois tipos de pensamentos:
1. Dissonância cognitiva:
Eu fumo. Fumar é perigoso. Se a pessoa acreditar realmente que fumar é perigoso e não conseguir arrumar nenhuma desculpa para o comportamento, ela tende a parar de fumar, ou seja, a idéia FUMAR É PERIGOSO vai concordar com o comportamento - PARAR DE FUMAR. Alternativamente, alguém pode eliminar a dissonância reduzindo a sua importância (por exemplo, gosto de fumar e não existem provas reais de que faz mal, ou mesmo dizer: "Cigarro pode fazer mal aos outros não a mim"; ou ainda inventando nova informação para acabar com a dissonância ou reconciliar os pensamentos dissonantes. Exemplo: fingindo que fumar é menos perigoso para ele porque ajuda aliviar o stress.
Em dissonância "post decision", a pessoa precisa decidir entre duas situações cada uma com seus componentes positivos e negativos. Em dissonância, o processo de concordância ocorre quando a pessoa é forçada a agir de uma maneira que entra em conflito com suas crenças, mas não consegue encontrar uma maneira de justificar suas ações para si mesmos."
2) Através do uso da visualização:
A visualização é usada para imaginar o sucesso enfrentando o medo e se sobrepondo a ele. Portanto, procura-se combater o medo encontrando-o na própria mente (ou em nossa própria mente). Por exemplo: se tem medo de elevador, veja-se andando nele, sua mente realmente acreditará que está andando no elevador. (veja jornal do mês de janeiro para maiores detalhes).
3) Construindo sua auto-estima:
Comece sendo totalmente honesto consigo mesmo sobre sua auto-estima (meias verdades são mentiras); inicie trazendo assuntos mal resolvidos de sua vida a sua atenção e resolva-os ou complete coisas que não terminou; não bloqueie seus sentimentos e emoções; comece um programa de trabalho voluntário, para ajudar pessoas menos favorecidas do que você mesmo.
4) Através de Terapia de Vidas Passadas:
Novos estudos feitos pelo Dr. Brian Weiss, psicoterapeuta de vidas passadas e autor do livro "Muitas Vidas Muitos Mestres (ManyLives, Many Masters)", dentre outros, evidenciam a eficácia de tal terapia. Weiss acredita que a regressão pode ajudar a remover medos e fobias. No livro citado o doutor conta a experiência de Catherine: "Ela começou a ter memórias espontâneas de vidas passadas e os sintomas começaram a melhorar enquanto ele relembrava." (Veja mais sobre este assunto no artigo A Cura que vem do passado, que aborda a visão de alguns terapeutas sobre Terapia de Vidas Passadas.)
A fonte de algumas informações deste artigo é o livro "THE DYNAMICS OF HIGH SELF-ESTEEM" escrito pelo autor deste artigo. MARV FREMERMAN |