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ANSIEDADE INFANTIL NA ESCOLA

Judy Kramer – NAMI

Tradução: SILVANA PRADO

 

Se você perceber ou alguém lhe disser que seu filho (a) pode ter um problema ou Transtorno de ansiedade, aqui estão alguns passos que podem ser úteis:

1. Procure um especialista que seja familiarizado com o tratamento de Transtornos de ansiedade, ou seja, trabalhe com as Terapias Cognitivo e Comportamental. Tente encontrar um que já tratou de crianças com sucesso. Peça indicação para seu pediatra ou para a psicóloga escola. No APOIAR existem psicólogas treinadas para estes atendimentos.

2. Chame o Departamento de Saúde de sua cidade, algum hospital ou centro de tratamento de Transtornos de ansiedade para informações e listas de provedores de tratamento. 

3. Procure por um especialista para tratar seu filho, com quem VOCÊ se sinta confortável, alguém que esteja aberto para ter um diálogo sincero e claro. Como o defensor de sua criança ou adolescente você, e também seu filho (a), precisarão de informações, apoio e orientação.

4. Marque um horário para uma consulta e avaliação da criança.

 

ESTEJA ALERTA: muitos jovens têm abandonado a escola, especialmente Universitários, por não terem conhecimentos sobre Transtornos de ansiedade, por falta de apoio e por vergonha! A vida deles acaba sendo destruída pela doença e muitos usam drogas para lidar com o problema. Alguns chegam ao suicídio.

  


 

 

Se seu filho for diagnosticado com uma Transtorno de ansiedade:

5. Aprenda tudo o que puder sobre o Transtorno. Existem livros, artigos, folhetos para ajudar. Muitos podem ser encontrados em sua biblioteca local ou em livrarias. O APOIAR tem diversos panfletos informativos sobre o assunto.

6. Trabalhe com o profissional (psicólogo, psiquiatra) no sentido de ajudar sua criança/adolescente a compreender o Transtorno. Mesmo uma criança muito jovem pode entender o que tem, basta que a informação seja dada levando em conta a idade dela.  Informações efetivas podem ajudar a acabar com os sentimentos de vergonha ou de culpa em sua criança. Esta informação se torna uma ferramenta de defesa de seu filho, para poder usar no recreio/intervalo na escola e na sala de aula; como também para auxiliar os outros a entenderem os comportamentos diferenciados e poderem responder adequadamente às necessidades de seu filho.
Organize uma reunião familiar com o especialista (psicólogo/psiquiatra) que escolheu para o tratamento, os irmãos também devem estar presentes, de forma que todos entendam o Transtorno e possam agir de maneira que ajude a criança durante as dificuldades. 

7. Planeje com o especialista uma visita à escola de seu filho(a) em fevereiro ou julho, antes das aulas começarem. Esteja também na reunião. Peça para que todos os professores, conselheiros, pessoal de saúde e administradores que interagirão com sua criança para estarem presentes, e diga à escola quem você estará trazendo com você. Solicite ao especialista para apresentar informações sobre o Transtorno de ansiedade, como ela age sobre sua criança e o que os professores podem/devem esperar. Eles precisam estar preparados para poderem ajudar melhor seu filho. Dê a eles uma lista onde esteja escrito o que podem fazer para ajudar ou prejudicar seu filho. Apresente seu filho como ele é: com os pontos fortes e os fracos, maiores interesses, habilidades, coisas de que gosta mais. Ajude-os a ver seu filho como um todo, não como uma criança doente. Traga uma fotografia dele(a), de forma o reconhecerão logo no primeiro dia de aula. 

8. Prepare uma pasta com todas as informações necessárias. Passe uma lista onde todos os presentes assinem (o nome e o cargo na escola), de forma que no futuro não aleguem ignorar o assunto.

 

 

Na reunião:

9. Peça que todos os participantes sejam apresentados a você, não fique com medo da platéia, VOCÊ é o perito no que diz respeito à seu filho e está proporcionando a eles valiosa informação que tornará o trabalho deles mais fácil e mais próspero, além de poderem ajudar outras crianças no futuro.

10. Peça ao especialista que o acompanha para falar ao grupo, dando uma explicação do Transtorno de ansiedade, os efeitos colaterais de qualquer medicamento que sua criança estiver tomando. 

12. Permita e encoraje qualquer pergunta a você e ao especialista. Dê o número de seu telefone, e se o especialista permitir o dele, para que os participantes possam ligar se tiverem perguntas adicionais ou dificuldades.  

13. Convide seu filho a comparecer a esta reunião (não importa a idade dele) - se você sentir que ele está preparado - mas ele só poderá assistir o início da reunião, talvez ele queria fazer uma lista de coisas que podem ajudá-lo ou machucá-lo psicologicamente.

Depois da reunião:

14. Diga a seu filho (a) (se ele (a) não esteve presente) o que você e o especialista fizeram: que explicaram o Transtorno ao pessoal da escola, que eles precisam entendê-la para poder ajudar. Faça com que seu filho (a) tenha certeza de que os professores sabem sobre o Transtorno de ansiedade de que é portador e também sabem como ajudá-lo. Encoraje seu filho a compartilhar com você a maneira com que o pessoal da escola está resolvendo as situações difíceis quando elas surgirem. Deixe que ela saiba você a está defendendo. Junto com seu filho (a) tente encontrar maneiras que ele possa se ajudar se tiver dificuldades, antecipe situações difíceis e tente planejar uma reação adequada. 

15. Encoraje seu filho a compartilhar os acontecimentos escolares com você e tente determinar se os pedagogos estão respondendo adequadamente às necessidades dele. Se os professores estão se preocupando e sendo úteis, deixe-os saberem que você reconhece os seus esforços. Dê-lhes uma avaliação positiva, dizendo que o que estão fazendo é bom e útil. Escreva uma nota de elogio para o diretor da escola e peça que seja incluída nos arquivos pessoais dos professores. Se os professores não se mostrarem úteis, ofereça uma "injeção auxiliar", fazendo novamente cópias de informação sobre o Transtorno de ansiedade. Peça uma reunião com o psicólogo da escola e tente montar uma estratégia para ajudar os professores a entenderem o problema e ajudarem seu filho.  

16. Lembre-se que você tem um filho com um Transtorno que é real, sério e tratável e que a ela é garantida, através da lei, um tratamento e educação apropriados  para suas necessidades.

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