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Editorial

Editorial setembro 2014


CUMPRINDO O MEU CONTRATO COM DEUS

EDITORIAL: SILVANA PRADO



Dia 26 de agosto foi meu aniversário. Acordei como habitualmente acontece e fiz minha meditação por uma hora. Depois, 40 minutos de exercícios, nesta hora faço também o EFT por 20 minutos, outros 20 minutos ouço músicas de que gosto.

Bem afinada para o dia, lembro-me que há seis anos me disseram que eu tinha seis meses de vida, e penso em quantas bênçãos me aconteceram nesse tempo em que não morri. Mas escrevo este artigo para contar algo maravilhoso, porque as pessoas estão tão sem sonhos e esperança, nada como uma boa história para levantar nossa moral.

Assim que tive meu diagnóstico de câncer de mama estágio IV, dois médicos confirmando, não tive nenhum problema em pensar que ia morrer, meu problema era fazer a maldita quimioterapia (que nem foi tão ruim assim). Bem tranquila, fiz o testamento, família avisada, e chamei minhas melhores amigas para dar a notícia. Uma delas pensou que eu ia anunciar que voltaria a morar nos Estados Unidos, decepções à parte... E fui esperar a morte chegar.

Quem olhava em mim via que eu não duraria muito, mas era algo tão calmo e sereno para mim. Um amigo querido Marcos Faleiros foi visitar-me, talvez pensando em me levar palavras de conforto e esperança, dizer que tudo daria certo. Mas, quando ele me viu, nenhuma dessas palavras saiu da boca dele. Eu realmente parecia uma vela se apagando lentamente.

Depois de falar comigo sobre fé nos desígnios divinos, Marcos levantou-se para sair, mas algo ocorreu dentro dele, ele se sentou e me disse: “Sabe Silvana, acho que você vai ter uma moratória”.

Sim, a famosa moratória que os espíritas consideram uma prorrogação no tempo de vida de alguém. Sorri e não disse nada, afinal eu não queria uma moratória, queria ficar livre, e morrer para mim é ficar livre.

Enfim, naquela noite tive um sonho lindo, talvez um dos mais lindos de minha vida: um anjo com roupa feita de estrelas chega para um senhor vestido de branco numa sala, também toda branca onde só havia ele e a mesa e diz: “Estão chegando da Terra orações para a Silvana Prado. Mas ela está sendo preparava para deixar o planeta”.

O que aconteceu na época foi o seguinte: tendo eu o diagnóstico confirmado, fechei o Apoiar em três dias. As pessoas chegavam e as portas estavam fechadas, e começaram a rezar para eu reabrir o Apoiar, mas não sabiam que eu tinha fechado por causa do câncer.

O homem de branco sorri e diz: “Traga ela para conversarmos”.

Logo depois chego eu trazida pelo anjo vestido de estrelas, meio zonza sem saber o que estava acontecendo, o senhor me perguntou se eu queria ficar mais tempo na Terra.

“Poxa”, pensei, “achei que estava tudo resolvido”. Não, eu não queria ficar na Terra, eu já tinha plantado uma árvore, escrito um livro e tido três filhos. Fundei um trabalho que durante anos ajudou milhares de pessoas, portanto, porque eles não me deixavam prosseguir e me colocam naquela situação em que eu tinha de escolher algo tão difícil. Era uma decisão importante, estavam me perguntando se eu queria viver ou morrer.

Enfim, depois de considerar algumas coisas e como eu poderia ajudar mais as pessoas, resolvi aceitar o tempo que me ofereciam. Mas, como toda história tinha um preço a ser pago, o meu era o seguinte: “Você vai sofrer durante o tratamento, pois somente passando por ele poderá entender a dor de quem está sofrendo com câncer, tanto física como emocional, mas você vai vencer tudo e recomeçará com novas energias, terá de 10 a 20 anos dependendo de como vai viver sua vida. Concorda com os termos?”

“Sim, concordo.” Acordo e penso: “Nossa, que sonho estranho, mas foi porque o Marcos Faleiros me falou sobre aquela moratória, que bobagem... Mas o sonho parecia tão real. Bem, se for verdade, algo vai acontecer que me provará que é real.”

Não passou muito tempo, me liga uma pessoa, que somos conhecidas há muitos anos, a Esther, e me diz: “Gostaria que viesse almoçar comigo amanhã, você pode?”

Eu já havia feito a mastectomia e não podia dirigir, então disse que se ela me pegasse em casa, sim.

Sábado de manhã ela me pega e antes de entrar na garagem ela parou na rua mesmo e olhando muito séria para mim disse: “Eu tenho algo para te dizer e não sei como fazer isto, mas ontem, em uma reunião, um guia espiritual pediu que eu te dissesse que você vai ter uma moratória...”

As mesmas palavras do Marcos, exatamente as mesmas. Respirei fundo e pensei que, naquele momento, ali, na rua com a Esther, o caminho da minha vida havia mudado totalmente.

Eu não estava mais escolhendo morrer, e nenhum médico na terra poderia realmente me dizer quando eu morreria se eu estivesse sendo tratada por médicos do céu. E assim foi.

Durante minha primeira quimioterapia, a dose foi excessiva e fiquei internada cinco dias. No quarto dia, no meio do mal-estar que eu sentia, minhas amigas queridas Mariza e Rosa comigo no hospital, vi o quarto se encher de luz e uma sensação maravilhosa tomou conta de mim, meu corpo ficou leve e me sentia como que puxada para fora dele, numa sensação indescritível de felicidade.

“Meu momento chegou”, pensei, “como é bom morrer...” Senti as partes inferiores do meu corpo se desligando, minhas pernas ficaram leves, a área do meu estômago desapareceu, mas quando chegou no meu coração, era como se houvesse um cadeado que não permitia que eu saísse do corpo e eu voltei...

Eu tinha naquele momento zerado minha vida passada e novas energias foram infiltradas em mim, pelo menos é nisso em que acredito. Após um longo e sofrido tratamento, numa linda manhã de abril, meu oncologista Dr. Sérgio Bigget disse que o tratamento estava terminado.

Era tempo de recomeçar, meu milagre havia acontecido e agora era hora de eu cumprir meu contrato divino.

Aqui estou hoje escrevendo sobre isto porque acho que cheguei ao ápice de meu contrato, com um projeto que estou a realizar disponibilizando EFT para o maior número de pessoas que eu conseguir.

Entrego a todas as pessoas que estão em sofrimento e sem esperança este evento maravilhoso que se chamará: MENTES BRILHANTES DO EFT. Veja na primeira página os detalhes sobre este evento.

Enquanto isso, não perca a esperança. Tem alguém lá em cima olhando por você, e sua vida pode mudar num minuto se você decidir. Paz, Silvana Prado.

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