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Editorial

Editorial Janeiro 2011


Grandes lições de amor

As pessoas estão sempre me surpreendendo! No inicio de dezembro iniciei uma campanha para fazer um natal em uma cidade próxima a Franca, Jeriquara. Enviei alguns e-mails e recebi resposta de metade das pessoas que convidei para participar. Amigos e amigas vieram me ajudar realizar este projeto. A equipe do apoiar como sempre me dando o suporte necessário para concretizar o que era sonho!

Graças a bondade destes amigos, conseguimos atender o dobro de famílias com cestas de natal muito boas, brinquedos novos, alguns usados, que por sinal fizeram grande sucesso, algumas crianças se interessaram por carrinhos miniatura que achei não fariam sucesso algum. Que surpresa!

As famílias atendidas transmitiam tal alegria para a gente que era uma fonte viva de amor. No momento que procurávamos dar, recebíamos amor em retorno, incondicionalmente.

Nosso Papai Noel, o Marcos Faleiros, podíamos jurar que é o verdadeiro! Quem pode desacreditar deste Papai Noel, que abraçava as crianças com tanto amor? Que é uma figura alegre e cumpriu o papel que deveria ter? Eu fiz questão de divulgar, não porque queremos fazer alarde de nossos atos, mas porque queremos que outras pessoas sejam inspiradas a fazer o mesmo. O maior presente nosso não é sair em uma foto do Mente Livre ou no site do Apoiar, e sim a alegria que tivemos em vivenciar a compaixão, de dividir o que nos sobra, de receber o abraço amigo e cheio de amor de quem tanto necessitava.
O nosso trabalho não tem fim, devemos perseverar e persistir na busca da compaixão pelo próximo, exercício constante e contínuo, para que possamos então viver a compaixão por nós mesmos.

Quantos de nós carregamos um carrasco que nos tortura e cobra a cada instante? Uma das citações que mais gosto do meu livro, O Prisioneiro do Medo, é a seguinte: "E nenhum Grande Inquisidor tem prontas tão terríveis torturas como a ansiedade tem; e nenhum espião sabe como atacar mais inteligentemente o homem de quem ele suspeita, escolhendo o instante em que ele está mais fraco; ou sabe onde colocar armadilhas em que ele será pego e enredado, como a ansiedade sabe; e nenhum juiz é mais esperto e sabe interrogar melhor, examinar, acusar como a ansiedade sabe, e nunca deixa a vítima escapar, nem através de distrações, nem através de barulhos, nem divertindo, nem brincando, nem de dia, nem de noite..." o autor Soren Kierkegaard.

A única maneira que temos de dominar este carrasco é através da compaixão por nós mesmos.
O Mente Livre trouxe muitas matérias inéditas em 2010, uma delas - que deveria nos chamar a atenção em especial - foi a comprovação que existe uma relação entre doenças mentais e bactérias, viroses, etc. Outra notícia importante foi a de que antidepressivos não tem efeito melhor do que o placebo em depressão moderada. Ou seja, se você tomar uma pílula de açúcar conseguirá o mesmo efeito do antidepressivo, o que nos leva a outro estudo onde foi comprovado que a erva Hipérico, é melhor do que alguns antidepressivos.
As matérias que estão saindo no Mente Livre, baseadas no livro Cem Anos de Mentira, veem nos chamar a atenção para o ambiente que nos cerca, a toxicidade que está contaminando a cada instante a nossa vida. Poderia ser que nossos ataques de pânico sejam mesmo relacionados com intoxicação através de produtos químicos? Dos pesticidas em nossos jardins, dos químicos em nossa comida? Dos químicos que usamos para limpar nossa casa? Será que a depressão pode ser uma inflamação devido a alguma bactéria? O momento é de questionamento, de assumirmos responsabilidades por mudanças em nossas vidas e das pessoas que amamos.

Não custa nada pesquisar, mudar uma atitude de cada vez e ver o resultado. Desde que parei de usar açúcar, que substitui por mel e stevia, meu paladar mudou totalmente. Aquele chocolate que eu gostava, ficou insuportável, posso sentir o sabor dos alimentos de maneira muito mais satisfatória. Mas estamos com uma nova opção de chocolate: o orgânico! Veja matéria sobre o assunto neste jornal!
A sensação de fome constante que as pessoas costumam sentir é proveniente do consumo de alimentos sem qualquer valor nutritivo e ainda cheios de químicos. A sensação de vazio é persistente, existe também um vazio na alma pela desconexão total de alimentos produzidos pela natureza, na forma original criada por Deus.

Mas como eu dizia, me surpreendo sempre com as pessoas, na simplicidade daquelas famílias que vieram receber nosso pequeno gesto de amor, pudemos sentir uma felicidade que não vemos em muitos lares. Apesar das necessidades materiais, muitas destas famílias apresentam um nível de aceitação e alegria desconhecidos para muitos adultos e crianças que tem tudo que poderiam desejar. Percebemos no rosto de muitos deles que precisamos de pouco para sermos felizes, talvez eles tenham uma lição para nos ensinar, nós que estamos perdidos em nossos sonhos e desejos.
Para mim foi uma lição, que para você também possa ser um exemplo de simplicidade e esperança.
Feliz 2011.

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