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Editorial

Editorial Março 2014


Minha mente é uma Ferrari ou uma carroça?


EDITORIAL: SILVANA PRADO
A grande quantidade de pessoas que vejo todos os meses me traz grandes aprendizados. Ver a dor do outro ajuda a lidar com a nossa, e a vida está sempre a nos pregar peças, coisas inesperadas acontecem nos levando a decisões que poderão piorar os eventos. Às vezes o melhor é esperar. Mas a questão é: por quanto tempo? E se for tempo demais, e ser for muito cedo?
Este mês pude atender pelo Skype um empresário numa situação realmente desesperadora. Após fazer um negócio que deu errado, quando todas as perspectivas indicavam o sucesso, ele se viu em meio a dívidas altíssimas e cada vez que ia negociar com o credor a conversa era diferente.
Uma hora o credor estava totalmente aberto ao diálogo e planos eram feitos sobre os pagamentos; em outros momentos apresentava juros que não existiam. Por mais de um ano vivendo neste estresse, sua força e determinação foram diminuindo.
O efeito psicológico que uma tensa negociação pode ter chega a ser devastador. Quem já aprendeu Programação Neurolinguística sabe como desestruturar alguém em segundos. Algumas pessoas nunca fizeram o curso, mas intuitivamente aprenderam como fazer isto, e são mestres na arte de desequilibrar o outro. Ouvindo advogados, o empresário foi aconselhado a esperar, pois uma briga destas fica presa por anos na Justiça, e assim ele não poderia fazer a venda e liquidar a dívida.
O que aconteceu foi que, quando ele me procurou, estava à beira de ataques de pânico, sentindo-se um pouco deprimido. Falou-me que graças aos exercícios físicos que fazia e um pouco de meditação que aprendera há alguns anos, estava conseguindo manter o equilíbrio.
Quando falamos sobre o que ele sentia, ele narrou que se sentia humilhado, com medo do confronto, paralisado. Cada vez que ia negociar ficava mais calado, sem argumentos. Sabia que estava certo, mas perdera toda a coragem que sempre teve.
— Como eu, que sempre fui um lutador, estou agora mudo na frente deste credor? Eu nunca fui assim, sempre batalhei pelo que acreditei. Agora ‘tô’ esperando um milagre, não sei mais o que fazer... E aí, você pode me ajudar Silvana? Porque não sei mais aonde ir.
É tão interessante que se você vai ao psicólogo ou psiquiatra começará uma série de análises de diversos ângulos da situação, das emoções, e é uma conversa atrás da outra. Ele já não aguentava conversar nem com psicólogo nem com advogado.
Com esta técnica nova, o EFT, a abordagem é totalmente diferente.
A primeira coisa a fazer é acalmar a pessoa no meio da sua dor. A conversa flui assim:
— Como você se sente quando se lembra da última vez que esteve na frente deste credor? Onde sente esta emoção em seu corpo?
Parece estranho não é? Mas é algo extraordinário. Após a primeira rodada, vi que ele foi relaxando e respirando fundo, seu corpo foi se soltando na poltrona, os olhos não tinham mais a expressão de tanto medo.
Ele respondeu que se sentia mais calmo e mudou totalmente de conversa. Da descrição sobre como a pessoa o fazia se sentir, passou – sem perceber – a descrever o que ELE estava fazendo. Como estava agindo, como se não tivesse nenhum direito, como se o medo fosse a única opção.
Sentou-se corretamente na poltrona e, depois de fazermos uma rodada sobre como ele estava reagindo, começou a descrever ideias sobre como poderia reagir na próxima reunião. E teve ideias que até eu fiquei impressionada.
Meia hora após nossa primeira rodada usando a técnica do EFT, ele havia recobrado sua confiança, que sempre esteve dentro dele, mas estava sufocada por outra emoção. Vendo que a perspectiva dele havia mudado totalmente, lancei uma nova ideia:
— Você consideraria que está se punindo porque errou tanto neste negócio? E que piorou a situação quando teve a chance de sair dela?
Ele respondeu emocionado que sim.
— Eu nunca havia pensando nisto... É verdade, venho me culpando e me punindo de forma muito severa. É por isto que me sinto tão impotente na frente deste credor... Porque eu achei que mereço tudo o que está acontecendo, não porque ele tem qualquer poder sobre mim. Não é medo é culpa!
Fizemos outras rodadas agora abordando a culpa, e a permissão para se perdoar pelos erros cometidos.
Todos precisamos de perdão, pois o erro é uma tentativa de acerto (na maioria das vezes).
Falamos em Steve Jobs, se ele tivesse desistido todas as vezes em que fracassou nunca teríamos a tecnologia que temos hoje. Vamos nos lembrar de Walt Disney, que foi à falência, algo que chega a ser incompreensível em face da criatividade e inovações que ele trouxe ao mundo artístico.
Expliquei para ele que nosso consciente, recebe 2.000 bits de informação por segundo, enquanto nosso subconsciente, que realmente está no controle e responsável por, 90% das nossas escolhas recebe 400.000.000.000 de bits por segundo. Quando ele usa o consciente somente para resolver um problema estará usando 2.000 bits de capacidade de seu cérebro por minuto; mas se conseguir falar com seu inconsciente entrará naqueles 400 bilhões. Qual você gostaria de usar?
Existem poucas maneiras de conseguirmos falar com o inconsciente para deletar informações que nos prejudicam e, ao mesmo tempo, inserir novas informações nele. Vou citar três: meditação, hipnose e EFT (e outras técnicas da Psicologia da Energia).
Quando falamos com o potencial do subconsciente, que era usado de maneira tranquila por iluminados como Jesus, Buda, etc., estamos falando de algo existente em todos nós, que nos está acessível a qualquer momento de maneira fácil e simples.
Quem me conhece sabe que sou tipo São Tomé, preciso ver para crer. Depois de quase dois anos vendo os efeitos desta técnica, resolvi estudá-la, porque percebi que para a dor que existe a nossa volta, precisamos de algo fácil, inteligente, rápido, porque ninguém merece sofrer como este empresário. Ninguém.
Seja curioso, tenha coragem e conheça o EFT, esta técnica pode ajudar você e a muitas pessoas. É tempo de sairmos da prisão da nossa mente, e Deus nos deu o potencial para isto, porque é uma técnica nova, as pessoas têm medo. Mas, como disse o criador do EFT, Gary Craig: usar terapias antigas é como escolher usar uma carroça quando se tem uma Ferrari. Sua mente é uma Ferrari, não continue andando nela como se fosse uma carroça. Saiba mais: eftsilvanaprado.blogspot.com.br.

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