Por Silvana Prado
Fonte: ADAA
Sua mãe era uma “preocupadora”? Super preocupada com as crianças, com as contas e estar desempregada?
É um estereotipo comum que, pela “virtude” de ser uma mulher, mulheres se preocupam mais e são mais ansiosas que os homens.
Com todas as responsabilidades das mulheres de hoje não é surpresa que muitas se sintam ansiosas ou preocupadas. Mas para algumas, esta ansiedade se torna mais do que podem suportar.
Suas preocupações se tornam mais intensas e freqüentes. Este pode ser um sinal de Transtorno de Ansiedade, que são doenças sérias e podem ter um impacto severo na vida da mulher. Todos os aspectos da sua vida podem sofrer – da carreira ao relacionamento familiar e com amigos e até a saúde física.
Entender o que é ansiedade e o que é normal ou não, é um dos primeiros importantes passos que a mulher deve dar para proteger sua saúde mental e bem estar geral.
Fatos
É estimado que 19 milhões de americanos com transtorno de ansiedade, perto de 10 milhões são mulheres. Para as mulheres, a chance de desenvolver um t.a. é duas vezes maior na puberdade, com o risco continuando entre 35-40 anos, tendo um risco de ter t.a. maior do que qualquer outra doença física ou psiquiátrica.
Você sabia…
30% das mulheres desenvolverão uma desordem de ansiedade na sua vida.
Em um período de 12 meses 13.2% das mulheres, desenvolverão uma fobia simples, como medo de altura ou de voar.
Mulheres são mais prováveis do que homens a desenvolver 4 dos seguintes Transtornos de ansiedade: – Transtornos de Ansiedade Generalizada, Transtorno do Pânico, Estresse Pós-Traumático e Fobias específicas. (incluindo Fobia Social)
Estudos indicam que são duas vezes mais prováveis do que os homens a desenvolver Transtorno Pós-Traumático, especialmente se alguma forma de ataque físico é envolvido.
Um estudo recente do ADAA (Anxitty Association of American Disorders), mostrou que mulheres dizem que são “preocupadas constantemente” ou ansiosas, duas vezes mais que os homens.
Ansiedade sem tratamento pode ter efeito adverso na saúde física da mulher, inclusive dores de cabeça, problemas gastro intestinal e disfunção sexual.
De acordo com o Harvard Health Watch, os transtornos do pânico são a razão número um para as mulheres deixarem o ensino médio e os primeiros anos de faculdade.
Porque a diferença?
Pouco se sabe do porquê mulheres serem mais susceptíveis a t.a. Genética. Fatores biológicos e experiências da vida, como gravidez, nascimento de um filho e menopausa podem contribuir para aumentar o risco.
As demandas sociais impostas às mulheres, podem fazê-la mais vulnerável; genética e biologicamente, incluindo hormônios; também podem aumentar a vulnerabilidade dela.
Estudos sobre química cerebral e hormônios começaram a ser feitos.
Depressão e transtornos alimentares: comuns com os Transtornos de Ansiedade.
O risco crescente de a mulher ser mais propícia a t.a. causa outra preocupação:
Não é incomum que t.a. de ansiedade, co-ocorra com outras condições, também mais freqüentes em mulheres, especialmente depressão e Transtornos alimentares, mas o t.a vem depois da ansiedade. Os estudos não sabem o porquê isto pode acontecer, porque t.a. é só um estágio anterior do Transtorno alimentar ou talvez seja um fator de risco no desenvolvimento dele.
Em mulheres com depressão também é comum ter tido t.a. Sabe-se que os t.a. começam cedo e no geral é um prelúdio para a depressão.
Quando procurar ajuda.
Existem muitos tratamentos para t.a., ainda que pelo menos 1/3 não procurem ajuda. Muitas mulheres não percebem que precisam de ajuda e sofrem sozinhas, mas é importante saber que procurar ajuda é muito importante no tratamento. As mulheres devem procurar ajuda quando seus sintomas acusam um desgaste grande e/ou a impedem de funcionar normalmente. |